sexta-feira, 15 de maio de 2009

enomiS


Por que amar dói?
Eis uma pergunta que me segue
Curado de uma paixão maldita
Atormentado por outra tão linda
Às vezes não sei por que acontece
Amar pessoas erradas
Ou será em horas erradas?
Não acreditava em amor a primeira vista
Agora não duvido de mais nada nesta vida
Apenas uma vez lhe vi
E até agora não lhe esqueci
Queria um dia lhe ter
Pretendo nunca mais lhe esquecer
Às vezes me perco em meus pensamentos
E me esqueço de alguns empecilhos
A distancia e de um alguém em sua vida
Às vezes penso que tudo poderia ser tão simples
Mas quando volto a realidade percebo
Que tudo não é tão fácil quanto penso
Não escondo que tenho esperanças de lhe ter
Nem que seja por alguns minutos
Já estaria satisfeito
Apesar de querê-la para sempre
Talvez ainda não seja ela
O grande amor da minha vida
Com quem ei de compartilhar muitas alegrias
E viver o resto da minha vida
Mas se fosse
Hááá....... Como eu gostaria.
D. Vieira
P.S.: Este poema foi feio em junho de 2004, logo após um show do Reação em Cadeia.

Borboleta


Ao final da tarde
Caminhava eu pelo jardim
E reparei em uma arvore
Que tinha galhos
Que tinha folhas
Que tinha um casulo
Que tinha assas
Que tinha cores

Parei eu para observar
O que ali aconteceria
Então como em um instante de êxtase
Vi aquele ser brotar
Voar entre os últimos raios de sol
Num apogeu de liberdade
Num voou sem compromissos
Sem ter para onde ir
Sem ter para onde voltar
Apenas
Voar, voar
Ir e ir

Mas neste instante
Ventos de outrora
Beijaram minha espinha
Lembrei-me de você
Em um dia que caminhava
A beira do imenso mar
Em um fim de tarde ventoso
Banhada pelos últimos raios de sol
De um crepúsculo encarnado

Ao voltar os olhos para a borboleta
Ai sim
Percebi porque lembrei-me de você
Ela estava pousada
Parada em seu galho derradeiro
Seu curto instante
De vida e euforia acabou
Estava seca
Estava morta

D. Vieira

Ontem, Hoje e Amanha


Ontem
Quando acordei
Não tinha as dores do mundo
Os amores do mundo

Hoje
Não tenho as dores do mundo
Os amores do mundo
Mas tenho
Uma dor
E um amor

Mas para que serve
Esta dor
E este amor
Se Amanha
Só terei
Momentos guardados
Sombras de sorrisos
Leitos de lagrimas

domingo, 8 de julho de 2007

poema de sete faces


Plagio de Carlos Drummond de Andrades


Quando nasci um anjo torto
desses que vive na sombra
disse: Vai, Daniel! Ser gauche na vida.


As casas espiam os homens
Que correm atrás de mulheres.
A tarde talvez fosse azul,
Não houvesse tantos desejos.


O bonde passa cheio de pernas:
Pernas brancas pretas amarelas.
Para que tanta perna, meu Deus, pergunta meu coração.


Porém meus olhos
nao perguntam nada.
O homem atrás do cavanhaque
é sério, simples e forte.
Quase não conversa.
Tem poucos, raros amigoso
homem atrás dos óculos e do cavanhaque.


Meu Deus, por que me abandonastese
sabias que eu não era Deus
se sabias que eu era fraco.
Mundo mundo vasto mundo,
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração.

Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.

Modificado por D. Vieira


Carlos Drummond de Andrades

domingo, 24 de junho de 2007

a vida


A nossa existencia nada mais é que um enorme ringue onde a vida é a nossa eterna adversária mas o segredo não é quanto voce bate nela ou vence ela, mas sim, o quanto voce aqüenta apanhar dela sem desistir.